O que é Osteopatia

O que é a Osteopatia
São técnicas variadas que objetivam devolver funcionalidade aos segmentos do corpo como os famosos “estalos” (thrust - termo técnico) que visam melhorar a mobilidade e amplitude de movimento das articulações ou como as técnicas viscerais nas quais movimentamos os órgãos a fim de devolver sua total liberdade de movimento. Entre muitas outras técnicas que, por fim, são as “ferramentas” que o fisioterapeuta osteopata tem, literalmente, nas mãos para que a dor seja tratada.
Sempre avaliando o todo e não somente o ponto de dor ou sintoma, a Osteopatia é altamente eficaz para o corpo.
E, por se tratar de uma terapia natural que se utiliza de técnicas não-invasivas (sem cortes ou perfurações), tem poucas contra indicações. Pode ser utilizada em qualquer pessoa, de qualquer idade - inclusive em bebês recém-nascidos (apesar de a Osteopatia Pediátrica exigir alguns cuidados específicos que trataremos mais adiante neste post, não deixa de ser osteopatia).
A Osteopatia parte do entendimento de que o corpo humano possui um processo natural de cura e que o papel do osteopata é ativar, auxiliar e acelerar este processo.
Ela é um sistema de avaliação do paciente, e com isso abrange saber de sua saúde em geral - o que come, como vai a digestão, quais as dores emocionais, quantas horas dorme, quanto exercício faz e principalmente qual a história do corpo.
A partir dessa conversa ou anamnese, pode-se estabelecer uma hipótese diagnóstica que será comprovada ou refutada quando testadas as diversas áreas do corpo do paciente, sem importar que a área tratada ou tratada seja distinta à da queixa.
Breve historia
As primeiras referências à prática da medicina manual se referem ao antigo Egito. Uma descoberta na tumba do Faraó Ramsés II (em torno de 1238-1235 a.C.) mostra a figura de uma pessoa tratando o que parece ser um problema de cotovelo.
Entre os gregos, Hipócrates, pai da medicina, (460-377 a.C.), descreveu detalhadamente, em seu tratado das articulações, as manobras de redução articular sejam com ajuda de um instrumento de tração ou bem com técnicas puramente manuais.
Na Roma antiga, Claudio Galeno (129-201 d.C.), herdeiro de Hipócrates, sabia manipular normalmente as articulações.
Por volta do ano 1.000, no Iran, Avicena praticava terapias manuais. Ele descreveu detalhadamente as ciáticas no seu quarto livro.
O uso da manipulação das articulações é de fato usada desde tempos remotos, mas o fundador da Osteopatia foi o Dr. Andrew Taylor Still, um médico americano nascido no estado da Virginia em 1828.
Era filho de um pastor metodista, médico e agricultor.
Entre 1850 e 1860 Still estudou Medicina em Kansas City, ao retornar trabalhou na agricultura junto com seu pai, e ajudou a cuidar da saúde dos índios Shawnees, com quem aprendeu muito sobre cura natural.
Still era muito curioso e criativo, estudava e observava a natureza, estudou engenharia e inventou algumas máquinas agrícolas na época.
Participou da guerra de Secessão (1861-1865) como cirurgião, e ao retornar da guerra decidiu estudar anatomia e fisiologia.
Durante uma epidemia de meningite após a guerra houve um fato que mudou a sua vida, ele perdeu muitos pacientes e também 3 dos seus filhos. Este momento causou a ruptura entre ele e a medicina alopática. Se dedicou, então, a buscar fundamentos para uma nova medicina, que tivesse mais harmonia com as leis da natureza e os ciclos do corpo.
Still criou um sistema inovador de diagnóstico e tratamento que se baseia em princípios fisiológicos naturais de cura.
No dia 22 de junho de 1874 o Dr. Still criou a Osteopatia.
Acho fundamental entender esta pequena parte da história, compreender como o homem pratica terapia manual para obter alívio de suas dores, assim como conhecer um pouquinho da vida do seu criador. Pois, a ciência que a Osteopatia é hoje reflete tudo isso que o Dr. Still estudou.