As imagens acima - retiradas de um artigo científico - mostram os ossos do crânio e como eles se posicionam na cabecinha do bebê.
Veja que nós não temos um único osso que forma nosso crânio, mas alguns ossos (representados em vermelho, verde e roxo claro).
Estes ossos podem se sobrepor durante o parto e isso é um movimento natural que ajuda a criança a sair pelo canal vaginal ou pelo corte da cesárea.
Porém, pode acontecer de os ossos não voltarem ao seu local de origem após a sobreposição durante o parto, e isso gera também a plagiocefalia ou assimetria craniana.
Ou seja, é de certa forma, normal que um bebê tenha a cabecinha "torta" logo que nasce, o que não é normal é que ela não volte ao seu local de origem.
O diagnóstico é feito pela história clínica e avaliação física, avaliando a capacidade de movimento dos ossos do crânio, fazendo medições com um instrumento chamado craniômetro, avaliando a força e os reflexos do bebê.
Observamos que apresentam uma dificuldade em rodar a cabeça para o lado contrário onde se produziu o achatamento, muitas vezes associado a torcicolo funcional ou congênito.
Vale ressaltar que tratar a plagiocefalia não é só importante por uma questão estética, é evitar que esta criança tenha escoliose, dores de cabeça, irritabilidade ou qualquer possível transtorno de aprendizagem, concentração, desenvolvimento motor, etc..
É muito importante informar aos pais a respeito da troca de postura frequente do bebê, ele pode sim ficar de lado com apoios de travesseiros e, sob supervisão, dormir de barriga pra cima e brincar de barriga pra baixo.
O craniômetro é utilizado para medir diagonais da cabeça do bebê.
Essas medidas nos mostram o grau de severidade da assimetria craniana.
Com essas medidas podemos entender se é possível fazer o tratamento através de terapias manuais, como a osteopatia, ou se é necessário encaminhar para um neurocirurgião.
Através destas medidas podemos também acompanhar a evolução do tratamento.
